terça-feira, 26 de novembro de 2013

A FAMÍLIA FUGIU DA ESCOLA!

A família “fugiu” da escola: não acompanha mais o que seus filhos fazem lá; poucos se interessam em participam de reuniões de pais, conselho ou APM. As desculpas são sempre as mesmas: “trabalho muito, não tenho tempo, a escola tem obrigação disso ou daquilo etc”.

O Inaf (Indicador Nacional de Analfabetismo Funcional), dos últimos dez anos, sistematizado pelo Instituo Paulo Montenegro, mostra que só 25% dos brasileiros entre 15 e 64 anos dominam a leitura e a escrita, ou seja, apesar dos anos escolares, 75% das pessoas no Brasil, são classificadas como analfabetas funcionais.

Excluindo as que não têm oportunidade de estudo, por diversos fatores, são pessoas, em sua maioria, preocupadas com as aparências, em “ter”, em levar vantagem em tudo. Hoje, infelizmente, temos crianças/adolescentes com graves dificuldades de relacionamento, em obedecer a regras, maldosas, que não demonstram respeito nem por elas mesmas, que começam muito cedo sua vida sexual, deixando de ser criança.

Tantos preocupados com o trabalho infantil, defendendo que lugar de criança é na escola, mas não procuram saber o que elas estão indo fazer na escola, ou se estão indo, quando saem de casa para isso.

Essas crianças trocaram a atenção do professor pelos seus celulares, de última geração, com acesso à internet a qualquer hora e lugar (até quem recebe “bolsa-escola”). Peça para comprarem um material escolar... um simples livro... e ficará surpreso: alegam que a escola tem obrigação de fornecer todo o material escolar.

Sempre esquecem os livros que recebem gratuitamente do Governo; nunca têm lápis, caneta, borracha (mesmo recebendo o quite escolar no começo do ano). Esquecem-se sempre de fazer o “trabalho ou tarefa” escolar. Perdem provas e só se lembram de dar “uma desculpa” ao professor quando esse vai comentar e fazer a correção da mesma.

Mas, elas estão lá na sala de aula, na escola, com seus celulares, compartilhando, postando, trocando mensagens a todo instante. Isso tudo sem falar sobre os vídeos que gravam deles mesmos, expondo-se de forma absolutamente insana... e seus pais/responsáveis... a família... sabem disso??? Tenho certeza de que não... estão preocupados em trabalhar... não têm tempo para isso.

Num futuro muito próximo não haverá professor. A escola pública tornou-se instituição falida e a sociedade nada faz para mudar isso!

Sinto-me impotente, sem apoio, sem esperanças em relação à educação pública em nosso país. O que será dessa geração??? Já pensaram que essa geração formará a próxima??? Como será o amanhã??? Não é para responder... é para FAZER... MUDAR...TRANSFORMAR!!!

Quanta hipocrisia, quanto “faz de conta”, quanto “liga não” ou “deixa prá lá”, quanta desilusão!

Só desapontamento.

Rogéria Pelegrinelli